Afinal, o que está acontecendo? O que está levando a esse “surto tardio”?

1) uso inadequado de cosméticos
Muitas vezes, sob o apelo dos anúncios, a mulher adota produtos com excesso de óleo na formulação, que, numa pele ainda jovem, podem acabar levando ao aparecimento da acne adulta. O veículo e a textura são tão importantes quanto o princípio ativo da fórmula. Entretanto, de uma forma geral, pele oleosa se dá bem com formulações em gel e o tipo misto com sérum ou loção. Esse cuidado também pode ser aplicado na escolha da maquiagem, como corretivo e base. É fundamental optar por produtos oilfree (veja no rótulo). No caso do corretivo, ele pode conter também enxofre e ácido salicílico, substâncias que secam eventuais espinhas ao mesmo tempo que as disfarçam.
2) stress sem controle
A acne tardia também pode ser desencadeada ou agravada por culpa do stress – em meio à desordem hormonal que ele provoca, há um aumento de cortisol, que acelera a fabricação de óleo pelas glândulas sebáceas e ainda modifica sua consistência, agravando o problema. Uma boa maneira de lidar com a ansiedade é praticar atividade física, pois ela equilibra a produção de todos os hormônios e também secreta endorfina, responsável pelo humor. Mas é preciso praticar o exercício com regularidade, no mínimo três vezes por semana, de 30 a 40 minutos, dizem os médicos.
3) alimentação desequilibrada
Alimentos ricos em açúcares, gorduras e sódio podem, sim, ser o gatilho para ter espinhas. Isso ocorre porque o excesso de glicose proveniente deles desequilibra a produção de insulina, que, por sua vez, causa uma inflamação celular que aumenta a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Além disso, o excesso de açúcar desencadeia a produção de outros hormônios, como o andrógeno, um dos causadores da acne. Tem mais: o consumo de hormônios via produtos de origem animal, como leite e carne, principalmente a do frango, também pode provocar mais oleosidade. Por isso, dê preferência aos orgânicos e opte pelas versões integrais de arroz, pão e massa – que reduzem o índice glicêmico.
Alguns alimentos para você incluir no seu cardápio:
Abobrinha, cenoura, batata-doce e damasco: fontes de betacaroteno, podem desacelerar a atividade das glândulas sebáceas.
Abacate, banana, batata, salmão: têm vitamina B6, que ajuda a regular os hormônios que causam as espinhas.
Noz, azeite, linhaça, castanha: ricos em ácidos graxos essenciais, inibem a inflamação e, consequentemente, o excesso de oleosidade e as lesões acneicas.
Peru, tofu, ostra: contêm zinco, mineral capaz de fortalecer o sistema imunológico, reduzir inflamações e promover a regeneração do tecido cutâneo.
4) vestígios de maquiagem e de poluição
Existem substâncias prejudiciais no ar que podem obstruir os poros. Assim, priorizar a limpeza é fundamental. A recomendação vale mais ainda para as mulheres que não saem de casa sem pó ou base. A higiene diária deve ser feita com produtos capazes de remover a oleosidade na medida certa – sem causar ressecamento. Evite também espremer cravos e espinhas, pois o contato da secreção contaminada com outra área da pele pode provocar mais lesões, além de causar cicatrizes. Faça uma esfoliação leve, uma a duas vezes por semana. Uma vez por mês, invista numa limpeza com esteticista para remoção dos cravos e espinhas que ainda não apontaram. Eles podem evoluir e provocar acne inflamatória, agravando o quadro.
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